SOBRE SAÚDE PÚBLICA — 1ª PARTE

O Governo Federal insiste em resolver os problemas da saúde pública de maneira errada; e o que é pior, pela visão politiqueira (politicante ou politicóide, como queiram)  e não pela visão técnica.

 

Se ouvisse figuras ilustres da medicina brasileira como, Dr. Adib Jatene e outros, em vez de meia dúzia de assessores que primam pela quantidade e não pela qualidade, talvez pudéssemos ter um pouco de esperança.

 

A Secretaria de Ensino Superior do próprio Ministério da Educação, sob a coordenação do Dr. Adib Jatene, realizou ao longo de dois anos um levantamento em que demonstrou que um grande número de escolas médicas existentes no Brasil não possui condições de oferecer a capacitação necessária aos seus alunos.

Governo e Parlamentares (situação e oposição) têm que entender que saúde pública não se faz com abertura de novas escolas médicas. Que medicina é muito maior que um amontoado de médicos dentro de uma Unidade de Saúde sucateada. Que uma boa medicina não é feita apenas por médicos. Uma boa medicina, por conseguinte, a oferta de uma saúde pública de qualidade, requer todo um aparato que vai desde a recepcionista da Unidade de Saúde ao médico. Passa ainda, por todos os outros profissionais de saúde como: Enfermeiros, bioquímicos, farmacêuticos, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, odontólogos, assistentes sociais e todos os demais profissionais que formam uma boa equipe de saúde.

 

                                                              SOBRE SAÚDE PÚBLICA — 2ª PARTE

O Governo Federal e Parlamentares (situação e oposição) têm articulado várias manobras para resolver o problema da saúde pública no Brasil olhando apenas pela suposta falta de médicos no país. Puro engano. Os problemas da saúde pública brasileira não passa pela falta de médicos. Somos hoje 371 mil médicos em atividade no país, com uma razão de 1,95 médicos por mil habitantes, que é superior à média mundial (1,4 médicos por mil habitantes), segundo último relatório da Organização Mundial de saúde.

De 2000 a 2012 o número de escolas médicas no país quase dobrou — passou de 100 para 185 escolas. Como então justificar que pra suprir a falta de médicos em regiões de difícil acesso e desassistidas, seja através de abertura de novas escolas ou do aumento de vagas nas já existentes?

Mesmo com a quase duplicação do número de escolas estas regiões continuam sem assistência médica.

O Conceito Preliminar de Cursos (CPC) divulgado pelo Ministério da Educação é lastimável. De 141 escolas médicas avaliadas, lamentavelmente nenhuma delas obteve a nota máxima de classificação (nota 5) e 23 delas obtiveram notas ruins (1 a 2).

Amanhã publicaremos a 3ª Parte, quando demonstraremos porque essa equação não bate. Porque não se consegue suprir a suposta carência de médicos em diversas regiões do Brasil. Aguardem.

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