Os direitos da gestante e do bebê estão contemplados em uma cartilha lançada ontem em Belém pelo Fundo das Nações Unidas (Unicef), em parceria com o Ministério da Saúde. “Este guia tem o objetivo de informar, conscientizar e esclarecer a gestante e a família sobre seus direitos”, disse Antônio Carlos Cabral, oficial de desenvolvimento infantil da Unicef.

A publicação traz informações essenciais sobre o direito ao pré-natal, ao parto humanizado e a qualidade na assistência ao bebê e a gestante. “Esses são direitos ainda muito violados no Brasil. Na Amazônia, os indicadores de saúde ainda não são satisfatórios quando comparados ao Sul e Sudeste do país”, afirmou.

O guia também informa como e onde a gestante pode exigir os direitos especificados na publicação. “É preciso socializar a informação, os direitos que muitas vezes ficam só no papel. Essa ideia de dar vida às informações é importante, enriquece os movimentos sociais para ter um controle mais efetivo do que já foi conquistado, amplia os conhecimentos”, ressaltou Eneida Guimarães, membro do conselho estadual de saúde da mulher.

A falta de informação sobre esses direitos prejudica muitas gestantes, como a vigilante Keize Soares. Grávida de oito meses, ela só iniciou seu pré-natal aos três meses de gestação pela dificuldade de acesso aos serviços básicos. “Muitas grávidas não sabem dos seus direitos e ainda têm as dificuldades nos postos de saúde. Precisa enfrentar filas, ir para lá desde a madrugada”, conta.

OFICINA

Após o lançamento do guia, teve início uma oficina para que os participantes pudessem conhecer melhor o guia, se transformarem em agentes para repassar as informações. Uma das presentes era a médica Laises Braga, que atua como obstetra há 25 anos.

Ela destacou a importância da discussão. “Esse é um instrumento para a população ter um auto controle sobre o que é necessário, quais os direitos e deveres da gestante. Além disso, mostra onde buscar esses direitos. Infelizmente a população ainda carece de conhecimentos”.

ALGUNS DIREITOS DO BEBÊ – Ser registrado gratuitamente; – Receber a Caderneta de Saúde da Criança; – Ter acesso a serviços de saúde de qualidade; – Receber gratuitamente as vacinas indicadas no calendário básico de vacinação; – Realizar gratuitamente o teste do pezinho e o teste da orelhinha; – Mamar exclusivamente no peito durante os seis primeiros meses de vida.

Fonte: Guia dos Direitos da Gestante e do Bebê.

(Diário do Pará)

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