Fiscalização-2

Uma denúncia anônima recebida pelo Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM – RR) resultou na prisão de uma suposta médica venezuelana na manhã de quinta-feira (2). A ação foi realizada em parceria com a Polícia Civil. A mulher realizava cirurgias plásticas e outros procedimentos estéticos numa casa no bairro Asa Branca, cidade de Boa Vista – RR, zona oeste da cidade.

Ela atuava juntamente com o marido venezuelano e recebia o suporte de uma enfermeira, que fazia o papel de agenciadora das pacientes, providenciava atestados médicos e receitas para a compra de antibióticos.

“Recebemos dia 27, a denuncia anônima de atendimento clandestino feito por uma suposta médica da Venezuela. No dia 28, fomos até a Clínica Médica que nos passaram, mas segundo soubemos, eles receberam a informação da nossa ida e cancelaram o atendimento. Já nesta quinta-feira (2), conseguimos o endereço da residência, que foi arranjado para os procedimentos. Fomos até o local e acionamos a Polícia Civil, com a qual concretizamos o flagrante”, explicou Blenda Garcia, presidente da instituição.

Na casa onde os procedimentos eram realizados foram encontrados medicamentos da Venezuela, materiais cirúrgicos, dinheiro e receituários de médicos brasileiros. “Num quarto improvisado, onde a cama foi virada de lado era onde se faziam lipo laser, aplicação de botox e plasma, entre outros. Ao abrir a porta do pseudo centro cirúrgico você se deparava com uma pessoa cozinhando. Não havia o mínimo de higiene, o lixo estava no chão, comida misturada com medicamentos. Nada estava esterilizado. Um horror que poderia levar a morte”, disse Rosa Leal, coordenadora da Comissão de Fiscalização do CRM – RR.

Os procedimentos custavam de US$ 50 a US$ 500. O pagamento poderia ser feito somente com dólar ou Bolívar. No local, ainda, foram encontrados inúmeras fotos de pacientes e listas com nomes e telefones.

“Infelizmente mesmo diante de tanta campanha de conscientização, de mortes de mulheres jovens, as brasileiras ainda se submetem a esse mundo clandestino das cirurgias plásticas na Venezuela ou em clínicas falsas no Brasil. O preço é alto demais pela vaidade. Continuaremos a fiscalizar e zelar pela boa prática da Medicina”, comentou Blenda.

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