O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou nota nesta segunda-feira (18) repudiando mais um caso de violência registrado contra médico dentro de uma unidade de saúde e assumindo o compromisso de liderar cruzada para coibir agressões cometidas contra médicos e profissionais da saúde em locais de atendimento em todo o País.
Hoje pela manhã, um médico foi assassinado enquanto trabalhava na cidade de Douradina (MS), a 192 quilômetros de Campo Grande. O suspeito teria planejado o crime depois que não gostou do atendimento prestado à esposa. Segundo a polícia, ele invadiu o posto, esfaqueou diversas vezes o profissional da saúde, fugiu, mas foi preso pouco depois.
Ao tomar conhecimento do ocorrido, mais um em meio a tantos outros casos registrados nas últimas semanas, o CFM cobrou dos gestores e autoridades envolvidos a apuração dos fatos e punição dos responsáveis, defendeu a aprovação pelo Congresso Nacional de projeto de lei que prevê penas mais severas para pessoas que cometerem tais atos e a realização de campanha educativa para coibir agressões em estabelecimentos de saúde.
Na nota, o CFM ressalta o levantamento inédito que realizou recentemente no Brasil: um médico é vítima de violência enquanto trabalha a cada três horas. A pesquisa se baseou em boletins de ocorrência da Polícia Civil dos 26 estados e do Distrito Federal, entre 2013 e 2024. Neste período, houve cerca de 38 mil registros.
“Para barrar essa onda, o CFM exige que gestores (públicos e privados) assumam sua responsabilidade, oferecendo segurança aos médicos e às equipes de saúde, bem como adequadas condições de atendimento para reduzir a pressão decorrente da insatisfação com a infraestrutura, sobretudo no Sistema Único de Saúde (SUS)”.
Na nota, o CFM faz um apelo para que os brasileiros se conscientizem de que nos espaços onde se cuida da saúde deve prevalecer o respeito e a paz e que ataques não voltem a acontecer.