Na segunda-feira, 13 de agosto, na condição de presidente do Conselho Federal de Medicina de Roraima, participei de uma reunião com médicos, enfermeiros, funcionários administrativos e Coordenação do Serviço Móvel de Urgência (SAMU) da Secretaria Municipal de Saúde de Boa Vista, na tentativa de encontrar uma saída para tirar da crise aquele serviço.
O SAMU atende todas as classes da população e, é um dos poucos serviços públicos que ainda tem credibilidade. Isto se deve exclusivamente à competência e persistência da equipe multiprofissional que nele atua.
As condições de trabalho são péssimas. Desde as instalações da Central de Regulação, sem o mínimo de conforto, às ambulâncias em péssimas condições para trafegarem. Sem manutenção, os veículos se encontram com pneus carecas, vidros quebrados, faróis queimados, macas deterioradas e outros equipamentos necessários ao atendimento de urgência, sem as mínimas condições de utilização. Não há segurança para os profissionais, nem para os doentes durante o transporte. Há qualquer momento pode acontecer o pior, ou seja, um acidente com a equipe de remoção juntamente com o removido. Para completar o caos, há um atraso constante no pagamento dos salários de seus funcionários.
É necessário urgentemente que as três gestões de governo – municipal, estadual e federal – e os órgãos fiscalizadores, resolvam de uma vez por todas estas questões. Informações prestadas pela própria coordenação, é que, há dois anos, duas ambulâncias novas compradas para atender o SAMU de Boa Vista, se encontram no pátio da empresa fornecedora na cidade de São Paulo. Tal fato se deve a incapacidade administrativa da Prefeitura Municipal de Boa Vista em fazer com que estes veículos cheguem à nossa capital.
O SAMU não é um serviço de assistência para os menos desfavorecidos. O SAMU atende todos os seguimentos da população. Portanto usuários do SUS ou não, há qualquer momento podem precisar desse serviço. Pensem nisso senhores gestores.