A busca por um corpo perfeito tem levado inúmeras mulheres a procurarem as cirurgias plásticas estéticas. Muitas vezes acabam por colocar a vida em risco, em Roraima, por exemplo, muitas têm ido para Venezuela, atraídas pelas ofertas de baixo custo para procedimentos como abdominoplastia, mamoplastia, lipoaspiração e lipoescultura.

Mas, o barato tem saído caro. Segundo o presidente do Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM – RR), Alexandre Marques, há várias mulheres retornando com sequelas irreversíveis, infecção grave, abertura nos pontos, necroses e rejeição das próteses.

Diante da gravidade dos casos, o CRM – RR se sente na obrigação de alertar a população para que não realizem cirurgias plásticas em outro país, por não terem garantia quanto à qualidade, procedência e controle das próteses e outros materiais usados. Além disso, é necessário que o paciente que vai se submeter a qualquer procedimento médico conheça a qualificação do profissional responsável, o que é quase impossível, em se tratando de profissionais de outros países. Ressaltamos ainda, que os Conselhos de Medicina do Brasil não têm nenhum poder para punir administrativamente profissionais que não tenham registro no país.

 “Queremos alertar aos pacientes, em particular as mulheres, que tenham muito cuidado ao irem para Venezuela, ou qualquer outro país, a fim de realizarem cirurgias plásticas. O indicado é que realizem aqui mesmo no Brasil, que procurem um médico especialista e de qualificação reconhecida. Pois, se houver qualquer intercorrência o próprio médico que realizou o procedimento poderá corrigir em tempo hábil, evitando assim, sequelas irreversíveis. Saúde não tem preço. O barato pode custar caro”, disse Alexandre Marques.

Para o cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Antero de Almeida Frisina, não é aconselhável em nenhuma hipótese a realização de cirurgia em outro país, pois o paciente quando retorna ao Brasil, se tiver sofrido dano físico ou emocional, em consequência de um erro médico, ou uso de material inadequado, não terá nenhum respaldo jurídico, tão pouco, dos Conselhos de Medicina.

Ainda segundo ele, é inaceitável realizar uma cirurgia plástica três dias após da chegada a um país e retornar 15 dias depois. Já, que é necessário um acompanhamento pós-cirúrgico, que é tão importante quanto o procedimento.

“As pessoas que estão viajando para outros países, em particular os roraimenses que se dirigem à Venezuela, têm que estar ciente que não podemos contar no país vizinho com as regras de segurança da ANVISA. Os três hospitais da cidade receberam pacientes com sérias complicações. Entre eles, um caso de uma mulher que voltou sem o umbigo, o médico que operou nem se preocupou em resolver o problema”, comentou Antero. 

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