O Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM – RR) enviou para os órgãos competentes, nesta sexta-feira (11), o relatório da vistoria realizada no Hospital Geral de Roraima, nos dias 24, 25, 29, 30 de maio e 01 de junho de 2017. Os setores da enfermaria, administração, PAAR, Grande Trauma, centro cirúrgico, UTI’s, cozinha, radiologia, blocos de internação, farmácia, CME, laboratório, lavanderia, entre outros, foram avaliados pela Comissão de Fiscalização do CRM – RR.

Na fiscalização ficou constatado que os problemas da unidade ainda são os mesmos divulgados pela imprensa e usuários. Dentre as principais deficiências foi observado que o Pronto Atendimento Airton Rocha (PAAR) encontra-se lotado, com muitas pessoas em macas nos corredores, salas de observação também com super lotação, sem qualquer tipo de conforto.

O PA funciona com cinco médicos no atendimento (turno de 6h) e mais quatro médicos para o acompanhamento dos internados (internação que deveria ser de no máximo 36h, entretanto por falta de leitos no HGR permanecem em geral muito mais tempo, aumentando assim a lotação do PA e forçando a colocação de macas em locais desapropriados).

A média de atendimentos por médico por turno de 6h são 80 pacientes, sendo 500 atendimentos por turno, número esse que dobra nos finais de semana. Assim com o aumento da demanda, faz-se necessário também o aumento de profissionais médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.
O Hospital apresenta desabastecimento de inúmeros medicamentos, materiais e equipamentos básicos. O local possui móveis sucateados na maioria das salas, o prédio encontra-se danificado e falta espaço para acomodar as pessoas que estão precisando de internação.

A cozinha é totalmente inadequada para funcionamento e permanência de alimentos para os pacientes. Na data da fiscalização encontrava-se extremamente suja, sem iluminação, com animais e insetos pelo local (gato e moscas) e com mau cheiro. O local é usado para preparo de pequenos lanches (mingau, suco, etc), mas as refeições principais são preparadas na cozinha de uma empresa terceirizada que fica em outro local, sendo que o transporte desses alimentos.Foram realizadas diligências na tentativa de localizar o local de preparo das refeições, porém o endereço informado nunca foi localizado.

As salas onde funcionam o Raio-X do hospital encontram-se com as portas danificadas, fazendo com que a radiação ultrapasse para funcionários e pacientes.

A ambulância utilizada pelo hospital é emprestada do SAMU, e é utilizada somente para remoção. No dia da fiscalização o motorista informou que a ambulância do HGR estava para conserto. Faltam motoristas, principalmente no turno da noite, no total são 12 motoristas necessários e no momento somente 04 (quatro) motoristas estavam trabalhando.

 

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