25/10/2011 00h52

Médicos protestam em frente ao CRM

 


Foto:  Arquivo/Folha
Wilson Franco: “Queremos explicar para a população o que está acontecendo em todo o país”

Apesar de não terem aderido à paralisação de advertência nacional marcada para hoje, 25, médicos da rede pública de Roraima vão realizar um protesto pacífico nesta manhã. Assim como em outros estados, eles querem chamar a atenção para os problemas que afetam o setor e comprometem a qualidade do atendimento.

A manifestação está marcada para as 9h, em frente ao prédio do Conselho Regional de Medicina (CRM), no Canarinho. Participam gestores de unidades de saúde, integrantes do CRM, da Associação e do Sindicato dos Médicos de Roraima. 

Entre os problemas, destaca o presidente do sindicato, Wilson Franco, estão a baixa remuneração e as más condições de trabalho. Ele cita como exemplo a remuneração de um médico de início de carreira que trabalha 20 horas por semana e recebe mensalmente R$ 2.800.

“Queremos explicar para a população o que está acontecendo em todo o país. Estamos enfrentando muitas dificuldades de trabalho e brigando por melhorias. Por enquanto nossa participação se resume a esse protesto pacífico, mas não descartamos um desdobramento em nível local”, ressaltou ele. 

Franco explicou que existe um pleito formalizado junto à Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) para melhorar a remuneração dos profissionais. A demanda está tramitando na Assembleia Legislativa, onde deve ser discutida a criação de um Plano de Cargos e Salários para a categoria, realização de concurso público e aparelhamento de hospitais e unidades de saúde.  

A realização de concurso público, segundo o sindicalista, é fundamental. Conforme ele, é insustentável a manutenção de médicos em regime de cooperativa. “Médico cooperado trabalha de maneira precária, pois esse sistema beneficia apenas parentes e amigos de quem gere o sistema de contratação. Isso resulta em distribuição irregular de remuneração, desvio de recurso público e prejuízo da qualidade do atendimento médico oferecido”, ponderou. 

Para Wilson Franco, “nossos representantes políticos estão mais preocupados em usar sua força para beneficiar seus pares, do que realmente estabelecer uma política de saúde”. “Infelizmente essa é uma realidade que enfrentamos há muitos anos e pouco tem sido feito”, lamentou. 

MANIFESTAÇÃO – O movimento dos médicos é composto por representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam). 

Estão confirmadas a suspensão do atendimento em 12 Estados. Neles, foram suspensos os atendimentos eletivos (consultas, exames, cirurgias e outros procedimentos). No entanto, ficará assegurado o trabalho nas unidades de urgência e emergência. (A.T.)

Fonte: Folha de Boa Vista 
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