V Fórum de Médicos de Fronteira discute como enfrentar desigualdades de saúde nas regiões fronteiriças
Nessa terça-feira, 17 de junho, aconteceu o V Fórum de Médicos de Fronteira do Conselho Federal de Medicina, em Boa Vista. O evento reuniu médicos, gestores, pesquisadores e autoridades da saúde para discutir as particularidades da atenção à saúde nas regiões fronteiriças, os desafios enfrentados pelos profissionais e as possíveis soluções para ampliar o acesso, a equidade e a qualidade dos serviços prestados à população local.
Após a abertura do evento foi entregue uma comenda ao presidente do CFM, dr. José Hiran Gallo, “pelo trabalho incansável na defesa do ato médico, contra a invasão de outras profissões, e pela qualidade do ensino médico, na luta pela criação do exame de proficiência”.
A cerimônia de abertura contou com a presença do vice-prefeito e secretário municipal de saúde de Boa Vista, Marcelo Zeitoune e do representante do Secretário Estadual de Saúde, Elder Ribeiro.
Conforme a 3ª secretária do CFM, dra. Dilza Teresinha Ambrós, o evento contou com diversas palestras com profissionais qualificados. “Nós precisamos cada vez mais discutir essas questões, enfrentar os problemas e ajudar realmente os responsáveis para que possamos ter uma saúde de qualidade para todos os brasileiros”, disse.
Na ocasião, o presidente do Conselho Regional de Medicina de Roraima e conselheiro federal, dr. Domingos Sávio, realizou uma apresentação sobre “A infraestrutura assistencial das comunidades indígenas e aspectos econômicos assistenciais públicos” no estado e defendeu uma maior efetividade dos gastos públicos em saúde.
Entre as propostas para melhorar o acesso, ele destacou a instalação de uma cadeia de suprimentos eficientes, o investimento em energia renovável, o estímulo para que jovens indígenas entrem para a área da saúde, o apoio psicossocial para quem trabalha nessas áreas, o controle de doenças endêmicas e o estabelecimento de mecanismos rigorosos de controle de gastos.
“É crucial que tais ações sejam executadas de forma intersetorial. Deve existir um investimento contínuo para que haja uma melhoria na qualidade dos investimentos públicos em saúde”, defendeu.